Porque não os dois juntos?

Para quem gosta de futebol, vivemos tempos privilegiados. Tanto se discute se Ronaldo ou Messi, e eu pergunto, porque não os dois? Nós temos a sorte de poder ver todos os fins de semana os dois melhores jogadores de sempre do futebol. Eu sei que os antigos hão-de vir contrariar-me, dizendo que eu não posso afirmar isto sem nunca ter visto Péle ou Eusébio, mas acho que nem é preciso ter visto. Os números falam por si…

O que CR7 e Leo Messi fazem com a bola é incrível e imbatível, e tenho praticamente a certeza que tão cedo não surgirão jogadores capazes de metade do que estes fazem.
São diferentes é verdade. CR é dotado de uma capacidade física acima da média, de um remate potentíssimo, e de um excelente jogo de cabeça para um extremo. Já Messi tem um controlo de bola absolutamente fantástico (dizia-se que o Jardel tinha um íman que atraía as bolas, Messi tem supercola3 nos pés).

Curioso é que num mundo de futebol onde se coloca a liga inglesa como a mais fantástica, e a espanhola como a mais rica, e as selecções da Alemanha, Brasil, Espanha, Holanda, França, Itália, etc, continuarem a ser as protegidas da FIFA, ser um português e um argentino que fazem correr mais tinta de jornal no mundo do futebol.

Giro seria vê-los juntos… Eles estão para o futebol como Michael Jordan e Larry Bird estiveram para o basquetebol…

NÉLSON OLIVEIRA JÁ!

A pouco mais de 3 meses do início de mais um campeonato da europa de futebol, eis que surgem as dúvidas, e toda a tertúlia em redor da seleção nacional e dos possíveis convocados de Paulo Bento.

Desde que me lembro de ver futebol que se discute que “ah e tal Portugal não tem um ponta-de-lança…”. Ora para todos aqueles que sofrem de Luís Freitas Lobês, eu respondo-vos: Temos! Sempre tivemos! E agora ainda temos um melhor!

Só quem não acompanhou o Mundial de Sub20, e as poucas mas fantásticas exibições do miúdo Nélson Oliveira pelo Benfica, pode sequer colocar a hipótese de ter o Hélder Postiga ou o Hugo Almeida como artilheiros principais da nossa seleção.

Ora degustemos lá os principais candidatos:

Hélder Postiga – Nada contra o rapaz, mas este ponta-de-lança, goleador tem pouco. Alguém que marque 6 golos numa época inteira não pode nunca ser titular duma seleção que se diz candidata ao título. Tantos golos marcam o Moutinho ou o Meireles e são médios- centro. Julgo que o grande Hélder Postiga já passou, e como tantos outros, viveu os seus tempos áureos quando era jogador do Porto.

Hugo Almeida – Hugo Almeida faz-me lembrar Óscar Cardozo. Bom jogador para competições de longa duração, onde é irregular mas no fim de 30 jogos leva 15 golos, mas ineficaz para uma competição de 6/7 jogos. Se por acaso apanhamos Hugo Almeida numa fase de seca, é um peso morto na equipa das quinas.

Nuno Gomes – Parece-me que o risquinha ao meio está-se a esquecer novamente do Nuno. Este ponta-de-lança mantém o faro de golo de um jogador de 20 anos, e é provavelmente dos melhores jogadores de sempre em Portugal a jogar de costas para a baliza, o que para uma equipa com bons rematadores de longe podia ser crucial. Já para não falar de que a jogar 10 minutos por jogo, marca mais golos por época que o Postiga e o Hugo Almeida juntos.

João Tomás - Apesar de ser um lutador, parece-me que a sua idade vai ser um entrave claro, se bem que... é bem melhor que o Postiga!

Aliás, antes de falar no miudo... TANTOS QUE SÃO MELHORES QUE O POSTIGA!!! Rui Fonte, Wilson Eduardo, Pizzi, etc...

Nélson Oliveira – Não sou muito velho, mas desde o Van Nistelrooy que eu não via um ponta-de-lança que tem uma característica fantástica, que os críticos desportivos chamam de “receção orientada”, que basicamente significa que o puto sempre que recebe a bola, vira-se para a frente. Nunca houve medo em lançar jovens, não pode haver agora. Mais, numa grande competição, deve-se sempre promover miúdos que em competições futuras se dê continuidade ao trabalho.
Rui Patrício é um jovem e não temos dúvidas que é titular indiscutível, apesar de termos mais guarda-redes de qualidade. Por isso Bentinho, não inventes. Para ganharmos o Euro2012 não podemos entrar a jogar com 10 em todos os jogos.